O
desastre com o Costa Concordia assusta também os que estão em terra firme. A
imagem do “Titanic” italiano, rendido nas rochas, com seu colossal tamanho,
luxo e tecnologia, choca e aterroriza a todos que têm consciência das
incertezas no mar da vida. Por isto as lições desta tragédia. E a primeira que
sobressai é a atitude irresponsável e covarde do comandante. Saiu da rota por
motivos fúteis, abandonou o navio quando deveria ser o último, e ainda mentiu
para a capitania dos portos. Insensatez, desatinos, e falsidade, no entanto,
são marcas que caracterizam a sociedade moderna. O mundo está carente de bons
navegadores na família, na política, na economia, nos meios de comunicação, nas
escolas, nas polícias, e pior, nas religiões. Todas as instituições estão
afundando. Deveriam estar “vento em popa” pela ciência. Mas, quanto mais a
humanidade avança na tecnologia, mais regride nos valores éticos e morais.
E
assim a atitude deselegante das pessoas na hora de abandonar o navio. A frase
“mulheres e crianças primeiro” não foi respeitada. Passageiros relatam que
muitos desacataram este regulamento na hora de entrar nos botes salva-vidas.
Cavalheirismo, respeito e consideração naufragaram faz tempo. Creio que estamos
presenciando aquilo que diz o texto sagrado, que as pessoas serão egoístas,
desobedientes, sem amor, incapazes de se controlar e atrevidas (2 Timóteo
3.1-4). Percebe-se isto no trânsito, nas filas, ou em qualquer situação que
exige renúncia. A teoria evolucionista da seleção natural, dos mais fortes que
abatem os mais fracos, pode ser a explicação, mas não justifica. A sociedade
precisa urgentemente da fé na criação e recriação divina, que tem outra teoria:
“Quem ama é paciente e bondoso... Quem ama não é grosseiro nem egoísta” (1
Coríntios 13.4,5).
Mas
o mundo tem saída. Igual ao navio que requer uma operação dispendiosa, mas
capaz para chegar ao estaleiro e ser refeito. Intervenção que já começou quando
a Bíblia afirma: “Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor”
(Romanos 8.21). Até porque não tem como pular fora...
Marcos
Schmidt
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