quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PALAVRAS

Otorrinolaringologista.
Paralelepípedo.
Obnubilado.

Qual é a palavra da nossa língua que é mais difícil de dizer?

Eu aposto em duas.
A primeira, ‘desculpe’. Admitir um erro é tão fácil quanto abrir uma garrafa de vinho com os dentes. E sem reconhecer o erro, não há como pedir perdão.

A outra, ‘obrigado’. Pode não parecer, mas tem horas que um obrigado sincero custa a aparecer. Aquela gratidão sincera, de quem realmente reconhece que o outro pode contribuir, e não apenas aquela gratidão forçada, de quem acha que fica chato não agradecer.

Ambas são muito difíceis, pois são uma luta nossa contra nós mesmos.

Neste sentido, Martinho Lutero estava certo quando escreveu que a obra de Jesus Cristo foi nos salvar de nós mesmos. Pois nosso ego tem mais armas e artimanhas para nos derrubar do que nos damos conta. O Mestre ensinou que precisamos abandonar a busca somente em nós mesmos, e olhar para o alto, para ajuda que vem de fora. E ela vem. Pois Deus quer nos dar forças para lidarmos com o nosso ‘eu’ de um jeito que não saiamos prejudicados. Pedir ajuda.
E, é claro, agradecer por ela.

Amanhã é celebrado em vários países o Dia Internacional de Ação de Graças. Um Dia que, claro, pode ser diário, mas que ao menos em uma data do calendário nos lembra desta importante luta. Ampliarmos a presença em nosso vocabulário do ‘obrigado’, uma palavra um tanto difícil de falar, mas que tem facilidade em afastar do coração os sentimentos procelosos.

Palavrinha difícil essa última aí, não?.

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