quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Conflitos de Natal

Natal, Fim de Ano, época de contradições, de estranhezas, tempo de alegrias e dissabores. De festas e votos de felicidade mesclados com sentimentos de frustração, desalento, melancolia. Período que vêm à tona lembranças talhadas na memória, carregado com emoções confusas ascendidas por melodias, imagens, símbolos, aromas. Recordações de pessoas amadas que ficaram em álbuns de fotografia e confundem o coração de saudades; de lugares transformados pela modernidade – paisagens bucólicas, tranquilas, engolidas pelo asfalto e agitação. Sem subterfúgio, o dezembro é aquela derradeira folhinha do calendário que evoca tantas coisas, anseios guardados numa caixinha que se abre despertando conflitos e desesperança.
Mas o motivo destes sentimentos vem do próprio Natal. Algo parecido com a reação de Maria, “que ficou sem saber o que pensar” (Lucas 1.29) ao receber a notícia de que seria a mãe do Salvador. Ficar confuso ante o Deus encarnado é uma atitude coerente. Porque Natal é o mistério dos mistérios. “Quem pode conhecer a mente do Senhor?” (1 Coríntios 2.16).  Cientistas ousam desvendar a “partícula de Deus” – nome dado a suposta partícula responsável pelo surgimento da matéria na origem do Universo. Isto é ciência humana, que não explica a partícula de Jesus, “verdadeiro Deus do verdadeiro homem, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas” (Credo Niceno).
Como entender que “No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus” (João 1.1)? Inaceitável à luz da sabedoria humana. Por isto, “Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu” (João 1.11).  Mistério rejeitado, descrido, refugado. “Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1.12). Mistério recebido, crido, usado. E assim na letra do poeta: “Ó tempo santo de Natal, tu tens mensagens lindas! O mundo não tem luz nem paz, mas isto meu Jesus me traz. Ó tempo santo de Natal, tu tens mensagens lindas!”.

 
Marcos Schmidt

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PALAVRAS

Otorrinolaringologista.
Paralelepípedo.
Obnubilado.

Qual é a palavra da nossa língua que é mais difícil de dizer?

Eu aposto em duas.
A primeira, ‘desculpe’. Admitir um erro é tão fácil quanto abrir uma garrafa de vinho com os dentes. E sem reconhecer o erro, não há como pedir perdão.

A outra, ‘obrigado’. Pode não parecer, mas tem horas que um obrigado sincero custa a aparecer. Aquela gratidão sincera, de quem realmente reconhece que o outro pode contribuir, e não apenas aquela gratidão forçada, de quem acha que fica chato não agradecer.

Ambas são muito difíceis, pois são uma luta nossa contra nós mesmos.

Neste sentido, Martinho Lutero estava certo quando escreveu que a obra de Jesus Cristo foi nos salvar de nós mesmos. Pois nosso ego tem mais armas e artimanhas para nos derrubar do que nos damos conta. O Mestre ensinou que precisamos abandonar a busca somente em nós mesmos, e olhar para o alto, para ajuda que vem de fora. E ela vem. Pois Deus quer nos dar forças para lidarmos com o nosso ‘eu’ de um jeito que não saiamos prejudicados. Pedir ajuda.
E, é claro, agradecer por ela.

Amanhã é celebrado em vários países o Dia Internacional de Ação de Graças. Um Dia que, claro, pode ser diário, mas que ao menos em uma data do calendário nos lembra desta importante luta. Ampliarmos a presença em nosso vocabulário do ‘obrigado’, uma palavra um tanto difícil de falar, mas que tem facilidade em afastar do coração os sentimentos procelosos.

Palavrinha difícil essa última aí, não?.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Gás metano

O Shopping Center Norte, um dos maiores de São Paulo, funciona há 30 anos em cima de um lixão, e agora descobriram que ele pode explodir. Os detritos jogados no local continuam produzindo gás metano e a construção impede a circulação desses gases que podem causar explosões. Mas por que a prefeitura autorizou a construção? E os engenheiros, não aprenderam a lição na faculdade? Todos lembram a tragédia no Morro do Bumba, Rio de Janeiro. As moradias também estavam em cima de um lixão desativado, e tudo veio abaixo após explosões e chuvarada, matando várias pessoas.
 
Creio que Jesus hoje diria: “Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa sobre o lixão” (Mateus 7.26).  Paulo teve juízo e por isto escreveu: “Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo” (Filipenses 3.8). Já os fariseus fizeram o contrário e foram advertidos por Jesus: “Vocês não ouviram o que as Escrituras Sagradas dizem? A pedra que os construtores rejeitaram (jogaram no lixo) veio a ser a mais importante de todas” (Mateus 21.42). Eles edificaram sua vida espiritual sobre aquilo que Paulo rejeitou e rejeitaram o que Paulo encontrou. Daí a confissão: “Eu já não procuro mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé em Cristo que eu sou aceito” (Filipenses 3.9). Diz isto a partir do que já tinha lido do profeta: “Todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos” (Isaías 64.6).
 
Pode ser duro de ouvir, mas qualquer coisa que tentamos fazer para nos redimir perante Deus é escória, detrito que produz um gás que explode e mata. Ao ser resgatado dos escombros da religiosidade humana, Paulo desabafou que tudo o que queria agora era viver o poder da ressurreição de Cristo (Filipenses 3.10). É o que acontece quando alguém tem uma vida nova, edificada sobre a pedra fundamental que é Cristo – vida que não precisa ser interditada igual ao shopping.
 
 
Marcos Schmidt
pastor luterano

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

127 Horas decisivas

Esta semana assisti ao filme 127 horas, baseado na história real de Aron Ralston, montanhista americano acostumado a aventuras, que em 2003 saiu sozinho, sem avisar ninguém e foi ao Parque Nacional dos Cânions, no Colorado. Depois de rodar quilômetros de carro, mais alguns de bicicleta, seguiu a pé filmando e registrando tudo. Seu drama começou quando explorava a abertura de uma garganta profunda e uma grande rocha escorregou e prendeu sua mão na estreita fenda. Experiente em escaladas, ele tentou de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Depois de três dias, quando água e comida acabaram, agoniando entre vida e morte, decidiu com um canivete cego, cortar o braço que  por 127 horas entre o acidente e socorro lhe manteve refém. "Eu fiz o que tinha que fazer", diria mais tarde.
Fiquei pensando que a atitude deste montanhista não difere muito do comportamento humano: movido pelo orgulho, vaidade e sentimento de onipotência, não me surpreende ouvir de alguém que saiu mundo afora sem nenhum limite. Daqueles que cada vez mais se esquivam de relacionamentos estáveis, não querem compromisso, nem dar satisfação para onde e com quem vão e quando voltam. O sentimento de liberdade e de ser dono do próprio nariz, privam muitos de serem resgatados, quando imprevistos ou algo previsível ocorre. Por falta de informações, por não saber ao certo a localização muitos ficam sem socorro. E quando se dão conta, estão presos nos cânions da vida precisando amputar e deixar para trás partes de si.
             Ralston nunca vai se arrepender de ter arrancado sua própria mão, afinal esta era a única saída que ele tinha, para continuar vivo. “Uma vez por todas” (Romanos 6.10, Hebreus 9.12, 1ª Pedro 3.18) assim afirmam as Sagradas Escrituras que não somos nós, mas que Cristo se “amputou” entregou como preço “para que sejamos de fato livres” (Gálatas 5.1). Eis a escolha decisiva entre vida e morte.
Não sei quantas 127 horas ou seus múltiplos você ainda terá de vida; uma coisa é certa, cada uma conta. Não há necessidade de agonizar sozinho e ficar sem socorro. O sábio Salomão que vivenciou muitas historias concluiu: Descobri que na vida existe mais uma coisa que não vale a pena: é o homem viver sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a riqueza que tem [...] o moço pobre mais sábio vale mas do que o rei velho e sem juízo que já não aceita conselhos” (Eclesiastes 4.7,8ª e 13).  Mas antes destas verdades, tinha uma maior: lembre de Deus em tudo o que fizer, e ele lhe mostrará o caminho certo” (Eclesiastes 3.6). Que tal confiarmos mais na providencia de Deus do que em nós mesmos? “Hoje é o dia de ser salvo” (2ª Coríntios 6.2).
 
*Márlon Hüther Antunes
*É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Furacão Paz

Os prejuízos causados pelo Furacão Irene ainda estão ainda sendo contabilizados, parece que o pior já passou, contudo uma coisa é certa, o rastro de destruição só não foi maior, graças às tecnologias e previsões meteorológicas, e diretamente, toda a operação de preparo para enfrentar situações como esta. O acesso imediato a informação, as orientações corretas, a mobilização de todos, foram decisivos para que houvesse paz, mesmo em meio as destruições e mortes. Houvesse paz? Sim, para que se evitasse uma destruição em massa, preservando a vida e bens de muitos – um trabalho eficaz dos agentes de paz.
         Irene, o nome dado ao furacão, deriva do grego (ειρηνη), um substantivo tão usado no Novo Testamento, como o do último furacão nos meios de comunicação. Ironicamente, seu significado é paz, harmonia e tranqüilidade, sentido tão difícil de entender como aquelas ditas pelo Príncipe da Paz: “Não pensem que eu vim traz paz à terra; não vim trazer paz, mas a espada” (Mateus 10.34). Seria Jesus uma espécie de Furacão Irene? Daquele digno de informação e muito preparo para lhe receber evitando assim uma destruição em massa? Daquele que vem semeando a morte e todo tipo de prejuízo por onde passa? Se o Furacão Irene dividiu opiniões sobre permanecer e encarar ou acolher as orientações e se dispor – e aí já sabemos as consequencias destas decisões; Jesus também dividiu e divide opiniões, pessoas e destinos. Ou se dá atenção às “previsões” feitas antes de sua vinda a seu respeito, ou se descarta a possibilidade e resolve-se lutar com as próprias forças, contra o furacão sobre o qual Ele veio trazer a paz. Hoje sabemos o teor da informação correta, e seu resultado, o que diversas vezes o Salvador proferiu: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”.
         Uma paz que no íntimo é almejada por todo ser humano, mas é diferente daquela que precisa ser conquistada por canhões, metralhadora e sangue, conforme ocorre na Líbia; ou baseada num fundamentalismo religioso, que incita violência; a paz, verdadeira ειρηνη é aquela que embora passe furacões, histórias fiquem para traz, nada pode a abalar, pois excede tempo e espaço. “Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (João 16.33). “e a paz que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus” (Filipenses 4.7).
         Para estar em paz é necessário informação, mobilização e confiança no agente certo, ingredientes para ouvir: “a tua fé te salvou!” Quando furacões atravessarem os mares da vida, que tua ειρηνη esteja baseada na autoridade no assunto.
        
*Márlon Hüther Antunes
 *Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Instabilidades e segurança

“Aplique o seu dinheiro em vários lugares e em negócios diferentes porque você não sabe que crise poderá acontecer no mundo”. Seria apenas um conselho na atual crise econômica se não estivesse no livro bíblico de Eclesiastes. O que se vê nas capas dos jornais é história repetida, com primeira edição quando o Criador anunciou ao provedor do lar o fruto da desobediência: “a terra lhe dará mato e espinhos, você terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que ela produza algum alimento, até que você volte à terra”. Barak Obama sente na carne a maldição de Gênesis igual a qualquer pai. Mas as instabilidades da vida, a exemplo da bolsa de valores, são a coisa mais certa. Hoje temos dinheiro, amanhã podemos estar pobres, hoje temos saúde, amanhã podemos estar doentes, hoje estamos vivos, amanhã podemos estar mortos... O que será daqui um minuto, uma hora? E se a crise bater a minha porta? Estou preparado sem cair no desespero?
 
A instabilidade, no entanto, sempre tem efeitos positivos num mundo que precisa rever os seus conceitos de valor, sobretudo em relação ao Deus, denominado insistentemente pelas Escrituras de Eterno e Verdadeiro. O rei Davi já alertava: “Ainda que as suas riquezas aumentem, não confiem nelas” (Salmo 62). Por isto a oração dele: “Não me deixes ficar nem rico nem pobre. Porque se tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome (Provérbios 30). Mesmo com toda a prosperidade, ele confessou no Salmo 144 que Deus é a rocha e confia na proteção dele.
 
Diante disto, só resta o caminho indicado por Jesus: “Não fiquem preocupados com o dia de amanhã”. Não no sentido da irresponsabilidade, mas quanto à primordial ocupação, e que prepara para as desventuras terrenas. Uma fé que tem promessa: Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e a vontade dele, e ele lhes dará todas as outras coisas (Mateus 6).   

Marcos Schmidt
pastor luterano   
fone 8162-1824

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quem viver verá

Um cientista britânico afirmou nesta semana que o ser humano poderá viver até os mil anos. Para ele, a medicina terá todas as condições para curar o envelhecimento e prolongar a vida por tempo indefinido. Quem viver verá. Sinceramente, não acredito. Não na capacidade humana, que é espantosa, mas na permissão divina, que é irredutível. O limite para a longevidade tem obedecido a ordem de Gênesis 6.3: “De agora em diante eles não viverão mais do que 120 anos”. Segundo o relato bíblico, antes do Dilúvio o ser humano até vivia o tempo que este cientista sugere. O mais idoso foi Matusalém, com 969 anos. Puro mito para os racionalistas. Mas, se levarmos em conta as teorias científicas sobre o surgimento da vida – que tudo veio do nada – nenhum absurdo a interpretação literal de Gênesis, de que Deus fez tudo do nada, e permitiu tal longevidade. São dois pontos de vista, um baseado em Darwin, outro na Bíblia. E os dois requerem fé.
 
Por isto, “de onde eu vim e para onde eu vou” nem a ciência, nem a religião têm respostas conclusivas. As duas precisam dizer “eu creio”. E, por enquanto, um a zero para a Bíblia no quesito “longevidade”. Agora, pensando bem, o que adianta viver 120 ou mil anos sofrendo? Haverá lugar para tanta gente? Comida, moradia, remédios, asilos? O INSS vai aguentar? Já disse o salmista que “só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições” (Salmo 90).
 
Em todo o caso, o cientista britânico tem razão, que o envelhecimento é o acúmulo de vários danos nas moléculas e células, e a cura está na descoberta para retardar este processo. Mas, seria simples se o ser humano fosse apenas matéria. A Bíblia lembra que “o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus” (Romanos 6.23). Ainda o melhor remédio, com ou sem longevidade. Por isto a recomendação: “Hoje é o dia de ser salvo” (Romanos 6.2).
 
Marcos Schmidt
pastor luterano 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O milagre e os milagres

Jesus não convidou os doentes, aleijados, pobres e desprovidos de prosperidade material quando disse: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados de carregar as suas pesadas cargas” (Mateus 11.28) É só dar uma olhadinha no contexto bíblico para descobrir quem são os “cansados”. Jesus tinha curado pessoas de doenças físicas e, mesmo assim, continuavam espiritualmente enfermas (v.20). Então reclama e faz o convite para o maior milagre: arrependimento e perdão dos pecados.
 
Não encontro na pregação dos atuais milagreiros o convite para este descanso. Ao contrário, vejo mais cansaço. Inflacionam o peso da superstição em objetos “abençoados”, sobrecarregam de culpa, injetam medo da inveja e “olho grande”, acendem pavor do diabo e do mal, provocam fadiga nos dízimos e escravizam sob o jugo de regras religiosas. Tudo isto com a Bíblia em punho. Usam um versículo, jogam fora o restante do texto, e invertem o sentido divino com propósitos humanos.
 
Diz o evangelista Mateus que no Dia do Juízo Jesus terá mais pena de Sodoma do que Cafarnaum (11.24). Sodoma simboliza os pecados da imoralidade e depravação (1 Timóteo 1.10), e Cafarnaum é a cidade onde Jesus habitou e fez vários milagres. Foi neste lugar que desceram um paralítico pelo telhado (Lucas 5.17-26), e o Senhor lhe disse: “os seus pecados estão perdoados”. O povo queria mesmo uma cura física. Jesus então respondeu que é mais fácil fazer um paralítico andar do que perdoar pecados, e curou o homem. Disse isto por uma questão óbvia: o perdão custou o sofrimento dele na cruz, enquanto que milagres não custam nada para ele, são atos próprios do seu poder divino.   
 
Sem dúvida, o que falta hoje é arrependimento dos pecados, tanto para Sodoma como para Cafarnaum. Mas o convite do Salvador permanece. Para um descanso único e específico: “Venham a mim e eu lhes darei”. E “venham todos”. Porque todos são pecadores e precisam de Jesus.
Marcos Schmidt
pastor luterano   

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Igreja Luterana de São Vicente-SP e Baixada Santista: SBB no Jornal Nacional

Igreja Luterana de São Vicente-SP e Baixada Santista: SBB no Jornal Nacional: " Aconteceu em Barueri-SP, no dia 10/06, a celebração da marca de 100 milhões de Bíblias produzidas no Brasil. O evento contou com a..."

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Senador Magno Malta fala sobre o "Kit Homossexual"


Concordo com o Senador!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Fanatismo em nome da fé

*Márlon Hüther Antunes

            As notícias da morte de Bin Laden reavivaram as cenas de terrorismo ocorridas na última década. É fato que o desejo de vingança nestes anos, nunca as esqueceram, uma questão de tempo para se “fazer justiça”. Mas com quem está a razão? Ou o direito de em nome da fé ou honra, se trucidem dezenas de milhares de pessoas, como tem sido? Quem são os verdadeiros mártires?
O fanatismo em nome da fé, seja num Deus, propósito, ou ideologia, tem em todos os tempos passado por cima do que é o bem mais sagrado em qualquer tipo de crença: a vida. A história revela tantas atrocidades em nome de uma pseudo-religião, carregada de ideologias e interesses humanos. Começou no Éden e tem colocado todos em risco.
Loucos por guerra santa distorcem valores, manipulam pessoas como fantoches para atrair a honra para si a qualquer custo, privando-as da vida plena. Ignorância e distorção da verdade motivaram as Cruzadas, a Guerra dos camponeses, a perseguição de Hitler - que tentou reescrever a Bíblia com o intuito de eliminar as citações à cultura judaica. Ou do próprio Bin Laden que usou o alcorão para incitar ao terrorismo. Uma regra simples, mas contraditória: tentar pela violência e força da lei, promover a paz. Um grande exemplo de intolerância que nos cerca todos os tempos.
O apóstolo Paulo obcecado pelo farisaísmo judaico confessou: “Eu era tão fanático que persegui a Igreja” (Filipenses 3.6).  O próprio Jesus alertou contra o falso cristianismo: “Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer em meu nome” (Mateus 24.4). “O meu reino não é deste mundo” (João 18.36).
Nestes tempos que vão e que vem de guerra e aparente paz, onde todos são injustos e injustiçados e o desejo de vingança está à flor da pele, todos precisam de um “Conselheiro Maravilhoso, Príncipe da Paz" (Isaías 9.6). Justiça já foi feita, afinal: “Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Por isso, continuem firmes nessa liberdade e não se tornem novamente escravos" (Gálatas 5.1). Enquanto as armas e interesses forem deste mundo, formando todo tipo de mártir, continuaremos neste caos. O desejo de justiça e a busca pela paz serão mais um capítulo sangrento.
A morte de Bin Laden foi mais uma batalha. Ignoro este tipo de mártir, vivo noutra certeza entre vida e morte: “em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.39). Nele estou e vivo em paz!

*Pastor da Igreja Luterana em Maceió,AL

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O casamento, o passarinho e o churrasco

A mídia centraliza o casamento real do príncipe William e da plebéia Kate. No entanto, há outro casal extremamente nobre que pode ser observado em diferentes locais. Refiro-me a um casal de passarinhos. João e a Joana de Barro.
Conta-se que este animal se acasala com uma só fêmea. Constrói sua casinha com todo o cuidado e esforço, levando em conta o local e a direção do vento dominante. Na exclusividade do relacionamento do João de Barro temos um grande aprendizado. Aprendemos que a grande arte do homem não é conquistar todos dias uma nova mulher, mas sim conquistar a mesma mulher todos os dias.
Conta-se que um menino capturou um João de barro com um alçapão (arapuca). Colocou-o em um viveiro. O Passarinho logo começou a debater-se na tela procurando voltar para o ninho. A fêmea logo apareceu e também voava contra grade para aproximar-se do seu amor. No outro dia os dois passarinhos estavam mortos, um de cada lado da tela. Morreram tentando aproximar-se um do outro.
Deixando o lado mórbido de lado, aprendemos sobre o aproximar-se, sobre o “procurar” e sobre o encontrar-se no outro. Relacionamentos são destruídos quando cada um procura os seus interesses.
Foi Deus quem instituiu o casamento. Certamente nele está uma escola de ternura, um convívio para alegria. Pois tudo o que Deus faz é bom!
Conta-se que um nordestino foi experimentar o famoso churrasco gaúcho. Porém os assadores se esqueceram de salgar a carne. O nordestino experimentou e achou terrível! Voltou para sua terra afirmando que o churrasco gaúcho não presta!
O churrasco levou a culpa, os assadores sairam ilesos. Enganamo-nos quando desprezamos o casamento, quando o julgamos e condenamos a partir de pessoas que desprezam o tempero do verdadeiro amor. O Amor procura, compreende, defende, exorta, consola e serve de suporte e constante fundamento.
Jesus é a revelação perfeita do amor. Na Bíblia, Cristo é descrito como o Noivo da sua amada Igreja. Pela sua noiva, Jesus deu sua vida! Fez isso para derrubar a grade do egoísmo e revelar o tempero que deixa toda refeição saborosa. Que esse tempero acompanhe o famoso casal britânico e todos os anônimos decidem sempre voar em direção ao seu cônjuge.

Pastor Ismar L. Pinz
27/04/2011
Comunidade Luterana Cristo Redentor, Pelotas, RS

terça-feira, 12 de abril de 2011

Justiça com as próprias armas
*Marlon Hüther Antunes

         As histórias dos dois assassinos que deixaram nosso país perplexo, nos últimos dias apontam para uma sociedade cada vez mais intolerante e desejosa de vingança. Um se diz rejeitado pela adolescente 12 anos mais nova que ele e que num ímpeto de agir em justiça própria, a mata junto com a irmã. A outra história, mais cruel pelo número de vítimas, moveu outro jovem cheio de rancor, amargura, transtorno e sede de “justiça”, sair atirando em desconhecidos. Ações planejadas como estas, ou no calor do momento, têm sido rotina em lares, no trânsito e escolas – quando muitos saem disparando contra tudo e contra todos do fel de seus corações em causa própria, comprovando as palavras do Senhor: “por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mateus 24.12).
         Rancor e falta de perdão debilitam qualquer ser humano, transformando-o num animal irracional, enterrando valores morais e éticos aprendidos e demonstrando a frieza espiritual que se abate. Ninguém ousa recuar. Andamos armados, sempre na ofensiva de quem nos contrarie, ou de alguém que tenha uma atitude que não condiz com nossa vontade. Desaprendemos a respeitar o próximo, não concordando com ele. Sim, estes já são os tempos difíceis anunciado pelo Apóstolo Paulo, de homens egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e sem respeito pela religião. Sem amor pelos outros, duros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem. Traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amando mais os prazeres do que a Deus (2Timóteo 3.2-4).
Pensar duas vezes, agir com prudência, arrepender-se é coisa de fracassado. O que está na moda é o “vou sim, quero sim, posso sim... ninguém manda em mim”. Precisamos que Deus nos mande ao encontro alguém, que acalme esta frenética fúria por vingança, para mais tarde, de cabeça fria, reconheça-se com gratidão: Bendita seja a tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse (1 Samuel 25.33).
No calor da discussão, o Apóstolo Pedro ao ver Jesus ser preso, partiu para cima, no intuito de fazer justiça com a própria espada. Ouviu do Senhor: “guarde sua espada, pois quem usa uma espada será morto por uma espada” (Mateus 26.50).
Não nos cabe dar fim aos “impuros”, aos que nos rejeitam, julgando por causa própria. Deus fez justiça furando as próprias mãos, não para si ou para puros, mas para aqueles que sabem que são doentes, precisam de médicos, tratamento, perdão e acolhimento (Marcos 2.17). Só Ele que é Água da vida (Apocalipse 22.17), pode apagar os braseiros da ira e acalmar este fogo que se abate sobre toda a terra. Eu preciso desta justiça, sem dúvidas, você também!

*É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Morrer é Lucro ou Prejuízo?

Muitas pessoas lutam contra a morte e se esquecem de lutar pela vida.  Sim, pois alguns querem viver, simplesmente por ter medo de morrer.
O apóstolo Paulo diz: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. (Fp 1.21).
Já se passaram alguns dias da morte de José Alencar. Mas permaneceu como exemplo a maneira como o ex-vice-presidente lutou para viver, sem ter medo de morrer.
Há casos em que o desejo de viver é meramente egoísta. Mas há também exemplos em que o desejo de morrer é mera covardia. Por isso o exemplo do José Alencar comoveu. Afirmava que queria viver para servir, para trabalhar, para ajudar – mas estava sereno para morrer.
Conheço muitas outras pessoas que serviram de exemplo nesse sentido – talvez até mais apropriados que o ex-presidente. Porém são anônimos.
A verdade é que a morte procura e encontra. Encontra a todos! Famosos ou comuns. Pois a morte é a maldição sobre o pecado (Rm 6.23). E o pecado, definitivamente está sobre todos.
Cantamos e enfatizamos que “é preciso saber viver” – mas é bem verdade que também é preciso saber morrer. Jesus veio ao mundo para viver e morrer por nós. Vivendo ele amou, serviu, curou, perdoou, resgatou. Morrendo ele pagou pelos pecados e ressuscitando venceu a morte. Na ressurreição ele nos comissiona a uma vida honrada, a uma vida de serviço.
Em Cristo já não há razão para temer a morte. Porém sempre há razões para enfrentar a vida! Por mais pesada e doida que sejam as catástrofes, as doenças e as aflições. Pois sempre haverá ao nosso redor alguém precisando de ajuda e um sorriso de gratidão quando ajudado.
Não há dúvida: o viver tem sentido absoluto em Cristo, o Deus que se fez homem para servir. Cabe bem o ditado: “quem não vive para servir não serve para viver”. Peço licença para acrescentar: “quem não vive para servir, não serve para viver e encontrariam ‘prejuízo’ no morrer”. Isso porque sem Jesus, fatalmente serão condenados. Mas em Jesus, até mesmo a morte é lucro. Foi Ele quem disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. (Jo 11.25)”.

Pastor Ismar L. Pinz
Comunidade Luterana Cristo Redentor
Pelotas, RS

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mundo que somos

Vivemos dias de muita “informação” e pouca “formação”. Dias em que falamos muito do mundo que “estamos” e pouco do mundo que “somos”.
Falamos nos conflitos da Libia, no terremoto no Japão, na enxurrada em São Lourenço e ainda contemplamos a visita do presidente dos EUA ao Brasil. Tudo isso é bom, no entanto não podemos deixar de olhar para nós mesmos e reconhecermos os conflitos internos.
É importante pensar e se organizar no enfrentamento dos desastres naturais; mas não podemos deixar de fortalecer nosso ser para os abalos das placas lá dentro dos nossos corações. É fundamental que países e líderes nacionais se visitem e mantenham bom relacionamento; mas antes de tudo precisamos observar e refletir sobre nossos relacionamentos diários.
Surpreendemo-nos com esquemas de corrupção como os revelados recentemente no caso do uso de controladores de velocidade no trânsito; mas não nos damos conta que pessoalmente arranjamos esquemas para nos dar bem, aceitamos vantagens aqui e acolá e nos fazemos igualmente corruptos.
Jesus disse: “De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a própria alma?” (Mt 16.26).  Parafraseando em outros aspectos diríamos: De que adianta conhecer o mundo, estar bem informado e localizado, no entanto viver perdido internamente.
Toda suficiência para transformações internas vem de Deus (2 Co 3.5). O Espírito Santo que sopra através do Evangelho nos habilita a nos reencontrarmos, a recomeçarmos e nos fortalecermos diante de um mundo tão diversificado que estamos e que somos.
Não há dúvida – vivemos num mundo corrupto e que está se decompondo pela maldade. Mas, precisamos assumir que essa mesma maldade também está em nós.
O surpreendente e animador é que Deus, nosso Criador, é tão bom e amável, que nos aceita e que dedicadamente se propõe a nos transformar.
Isso acontece em Cristo e mediante a fé. Em Jesus está a verdadeira Paz. Que Deus nos abençoe e nos conduza por caminhos de fé, de esperança e de amor. Que a paz de Deus que ultrapassa todos os desastres, preserve nosso coração em Cristo, hoje e sempre.

Pastor Ismar Pinz

Poder e proteção

A visita presidencial dos Estados Unidos deu amostras sobre a pesada carga que uma nação suporta para manter-se no topo. Um peso não apenas escondido na fuselagem dos sofisticados aviões, mas, sobretudo, nos miolos destes líderes que carregam vital responsabilidade nos destinos do planeta. Obama comanda a nação que comanda o mundo, e por isto, é a pessoa mais invejada e odiada. Não é por nada todo o aparato de segurança, algo que impressiona e agride. Em todo caso, melhor um Obama do que um Bush. Afinal, ele tem o botão de 4 mil bombas atômicas e guarnece a eficiência de 104 usinas nucleares. Devemos agradecer ao Senhor dos senhor pelo fato da maior potência bélica e econômica ser democrática e dirigida por um homem sensato. Imaginem se fosse um Kadafi?
 
Em seu discurso, Obama elogiou o Brasil, e disse queeste não é mais o país do futuro – os brasileiros devem saber que o futuro já chegou e está aqui agora. É hora de tomar posse dele”. “Tomar posse” requer igualmente responsabilidade e equilíbrio. Se hoje somos uma das nações mais ricas do mundo, e pretendemos um assento no Conselho de Segurança da ONU, então devemos estar preparados para suportar esta glória.
 
O soberano rei Davi reconheceu que cada ser humano é um “Obama” e merece respeito e proteção. “Que é um ser humano para que penses nele?” – refletiu o chefe do emergente Israel. “No entanto, fizeste-o inferior somente a ti mesmo e lhe deste a glória e a honra de um rei. Tu puseste todas as coisas debaixo do domínio dele” (Salmo 8). Neste raciocínio, Davi afirma que “a pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo” (Salmo 91) obterá um eficiente aparato de proteção contra os inimigos.
 
Neste período antes da Páscoa, os cristãos lembram que o próprio rei se tornou um agente de segurança, e ofereceu a vida para salvar a humanidade. Num discurso, o Rei Jesus disse que o futuro já tinha chegado: “Vocês são bem-aventurados,  pois o Reino dos Céus é de vocês. Vocês são a luz do mundo” (Mateus 5). Sem dúvida, um bônus e um ônus nesta sociedade armada com bombas nucleares em cada coração humano. 

 
 
Marcos Schmidt
pastor luterano   
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Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

quinta-feira, 17 de março de 2011

Prevenido para as tragédias da vida

Os tristes fatos do Japão que estão diante de nossos olhos, mostrados nos últimos dias deixam qualquer um perplexo, pela fúria e a violência que a natureza é capaz. Diante da tragédia que trouxe prejuízos e histórias levadas em decorrência do pior terremoto registrado naquele país, seguido de um tsunami , é certo que na “queda de braço”, não há como domar o inimigo natural, que de tempos em tempos assombra aquela nação. Apesar da magnitude dos tremores e das ondas gigantes, fato é que - comparadas as proporções - apesar de uma magnitude 20 vezes maior que o tremor do Haiti, as medidas preventivas japonesas amenizaram e muito a tragédia.
Prevenção e planejamento trouxeram, por maiores que sejam os números atuais, um alívio para perdas irreparáveis: Vidas foram salvas e ressurgem em meio aos escombros! Os japoneses são extremamente organizados em investir na infraestrutura, educação e na maneira de agir em momentos trágicos. As lições de cada desastre anterior servem como aprendizado para o que está por vir.
Na vida não é diferente! Prevenir-se não significa estar isento de tragédias, mas organizar-se, a fim de amenizar suas consequencias. A Igreja Cristã em todo o mundo está vivendo o tempo de Quaresma, um tempo de preparo, de olhar para si, olhar para o passado, mas especialmente olhar para o futuro, neste tempo que culmina na Páscoa, onde a maior tragédia humana – a morte - é dada por vencida, nas palavras do Salvador: “Está consumado” (João 19.30).
O trágico de não preparar-se para o inevitável e encontrar dificuldades em reerguer-se. As comparações entre os terremotos e as chances do Haiti e Japão mostram isto de forma clara: quem está preparado da maneira certa, por maior que sejam os escombros, pronto está para ressurgir. Isso pode ser comparado à fé cristã que diante da realidade da morte e traz a oportunidade da ressurreição. Não é a toa que o salmista cheio de fé confessa: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam" (Salmo 46.1-3). “Porque eu vivo, vós também vivereis” (João 14.19). É a certeza da vida que ressurge através dos escombros. Preparar-se para este possível drama é decisivo para amenizar a dor, tanto de quem vai, como de quem fica. Diante da morte, só existem dois caminhos para enfrentá-la: com Cristo, ou sem Ele. Bom é estar prevenido!
*Márlon Hüther Antunes
*É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana de Maceió

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ondas de imagens

Se uma imagem vale por mil palavras, então qualquer coisa que a gente escreve sobre esta tragédia nipônica corre o risco de sucumbir. Sempre carregando as sofisticadas câmeras, os japoneses estão revelando ao mundo cenas impressionantes. O sentimento global é de perplexidade. Será o cumprimento da profecia de Jesus? Que “todas as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas” (Lucas 21.25)? Porque “todas as nações”? Qual a razão dos moradores que vivem nos lugares mais altos, ou no outro lado do planeta, estarem apavorados? Creio que a resposta está nesta grandiosa onda que invade o mundo  – as chocantes imagens vindas do país da Kodak, da Sony, da Panasonic, da Nikon...
 
Tsunamis são antigos. Há três mil anos o rei Davi já dizia: “Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles” (Salmo 32.6). Davi comparou este desastre natural com a desolação espiritual que invade a vida daqueles que não têm um “esconderijo que livra da aflição” (v.7). Ele viveu às margens do Mar Mediterrâneo, e deve ter presenciado ou sabia algo a respeito. Segundo registros arqueológicos, foi neste período bíblico que ocorreu um dos maiores maremotos que aniquilou a ilha de Creta, próximo às terras litorâneas de Israel.
 
O fato novo, por isto, são as impactantes imagens que transportam a humanidade para o Japão, e faz com que “todas as nações estejam desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas”. No entanto, se a imagem tem poder, vem à lembrança a foto daquela criança de quatro meses, encontrada viva entre os escombros do tsunami, e que se tornou símbolo de esperança no Japão. Algo que remete à imagem da criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura. “Não tenham medo”, disse o anjo aos pastores de Belém, porque este menino vai salvar vocês. Já crescido, ele acalmou o mar, e todos ficaram admirados: “Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?” (Mateus 8.27). É dele que Davi se refere ao confessar “Tu és o meu refúgio” quando surgem as grandes ondas.
 
 
 
Marcos Schmidt
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quarta-feira, 9 de março de 2011

Santo Cristo e o Carnaval

A fuga da realidade segue por outros aspectos da vida humana, não só no profano, também no religioso. Se o reinado do momo é a festa da carne, tem a festa do espírito que procura em vão a mesma coisa: anular a dureza das desventuras terrenas. Em vão, porque usa um “santo Daime” – chá com poderes alucinógenos – oferecido num cenário fantasiado com promessas que entorpecem a mente e o coração. Este “carnaval” tem nome e endereço, um espetáculo da glória que esconde a cruz nos bastidores e mantém o sofrimento humano fora das passarelas. Doenças, pobreza, miséria, dor? Isto foi anulado em nome de Jesus – pregam eles. Puro analgésico que mascara a real enfermidade.
 
Entre fantasias e adereços, neste Domingo do Carnaval os cristãos celebraram a Transfiguração do Senhor (Mateus 17). Num retiro, três discípulos puderam ver o trailer da glória celestial onde uma luz intensa resplandeceu do corpo de Jesus. Não eram efeitos especiais. Era a realidade do esplendor celestial. Deslumbrado, Pedro quis armar barracas e ficar ali mesmo. Esqueceu que precisava descer do monte, pegar a sua cruz e voltar para o vale da sombra e da morte.
 
É preciso descer e ter os pés no chão. Como? Para os enlutados das 27 vítimas de Santo Cristo, só mesmo Cristo, o Santo. Até o Carnaval foi suspenso nesta cidade, pois a morte não usa máscaras. Restou apenas a quarta-feira de cinzas. Mas o que este Cristo pode fazer? Pedro, em outro episódio, depois que muitos seguidores abandonaram Jesus porque os milagres haviam cessado e restava apenas a cruz – foi enfático: “Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão a vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou” (João 6.68,69).
 
Na marchinha de Carnaval “Pastorinhas”, Noel Rosa cantava que “a estrela d'alva no céu desponta”, para depois lamentar “meu coração não se cansa de sempre, sempre te amar”. Triste canção de um amor não correspondido num mundo cheio de desilusões. Por isto o hino do amor que sempre correponde e não ilude, amor daquele que disse: “Eu sou a brilhante estrela d'alva” (Apocalipse 22.16).
 
 
 
Marcos Schmidt
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quarta-feira, 2 de março de 2011

Autocontrole no trânsito

As chocantes imagens do atropelamento coletivo de ciclistas em Porto Alegre servem de exemplo para motoristas, ciclistas, motoqueiros, pedestres. Questionado sobre o que faria se pudesse voltar no tempo, o atropelador respondeu que teria ficado em casa naquele dia. Mas não adianta fugir das ruas quando em casa está a família. Até porque não é preciso um volante para atropelar. Bastam palavras e gestos de um coração dominado pelo impulso da raiva. 
 
Pesquisas revelam que este motorista agressivo não está sozinho. Boa parte dos brasileiros transforma-se em predador assim que agarra o volante. Uma psicóloga brasileira entrevistou 900 motoristas, e descobriu que 84% deles sentem ira enquanto dirigem. "O carro dá poder e permite o extravasamento de emoções, inclusive da raiva que se traz de casa ou do trabalho", diz um psiquiatra especialista em tráfego. Problema que, segundo ele, se agrava quando juntam três situações: o carro servindo de objeto de poder, o trânsito extravasando a raiva, e a presença de um transtorno impulsivo.
 
Que o carro é uma arma, isto os dados comprovam. Mais de 50 mil mortos e 500 mil feridos por ano nas avenidas do nosso país.  No entanto, o que muitos não sabem é que ela está engatilhada nas mãos de qualquer motorista, de gente simples e poderosa, de gente tranquila e nervosa, de gente sã e doente. Como evitar que eu seja a próxima vítima, ou o próprio assassino? Um desafio diário e constante quando boa parte da nossa existência transita em quatro ou duas rodas.
 
Além de controlar um veículo, o motorista precisa controlar a si mesmo. “Deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana”, lembra o “código de trânsito” em Gálatas. Um destes desejos é a raiva, mas, ao enumerar os frutos na vida daqueles que são “controlados” pelo Espírito Santo, o texto finaliza com o domínio próprio. Já em outra epístola, o mesmo autor avisa: “Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem” (Efésios 4.26). Um alerta nestas loucas avenidas entulhadas de carros e de gente estressada.
 
 
 
Marcos Schmidt
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A hora dos “Kadafis”
 
Não se sabe quais serão as conseqüências, se democracia ou outro tipo de opressão após as rebeliões populares no mundo árabe. Mas uma coisa é certa, todos os ditadores vão cair e o fim deles seguirá na medida como lidaram com o povo. Isto deveria abrir os olhos das autoridades corruptas aqui no Brasil, já que a consciência deles está lacrada. O chamado “efeito dominó” pode vir para o lado de cá do Atlântico, fazer o povo sair às ruas e clamar pela renúncia dos ditadores camuflados em políticos, que aumentam de forma absurda os seus salários, promulgam e executam leis em benefício próprio, sem obedecer aos compromissos com o povo.
 
Há três mil anos os judeus, influenciados pelos vizinhos, se rebelaram para, incrivelmente, exigir uma ditadura. “Queremos um rei como acontece em outros países”, insistiram. Havia insatisfação com os atuais governantes, “interessados somente em ganhar dinheiro, aceitavam dinheiro por fora e não decidiam os casos com justiça” (1 Samuel 8.3). Samuel explicou o que aconteceria se o pedido fosse atendido. Suas riquezas, filhos, terras, tudo seria usado para atender aos caprichos do rei. Foi o que aconteceu. O primeiro monarca, Saul, tornou-se um legítimo “Kadafi”. No quarto reinado houve guerra civil  e o reino ficou dividido entre Norte e Sul. A maioria dos reis seguiu o caminho da corrupção e injustiça, e teve um fim trágico.
 
A Bíblia não defende nenhuma forma de governo, se republicana, monárquica ou outro sistema. Mas uma coisa ela diz: “Quando as autoridades cumprem os seus deveres, elas estão a serviço de Deus” (Romanos 13.6). E quais são estes deveres? Está lá no começo: “Sejam honestos; sejam sempre corretos para que vivam” (Deuteronômio 16.20). Infelizmente, qualquer governo em qualquer regime sempre cometerá injustas, porque é humano, é pecador. Por isto o contraste quando a referência é o reinado de Cristo: “As bases do seu governo serão a justiça e o direito desde o começo e para sempre” (Isaías 9.7). Em todo o caso, que os “Kadafis” da vida fiquem atentos, pois a hora deles sempre chega.
 
 

Marcos Schmidt
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Auto-ajuda ou Deus ajuda?


Os livros mais famosos são os de auto-ajuda. Mas os que menos ajudam, ou ajudam até ali. “Acredite em suas capacidades, você pode, tudo depende da sua força de vontade”. Isto seria verdade se os desafios fossem apenas a superação de problemas físicos, emocionais, materiais. Sabe-se que a pessoa otimista enfrenta as batalhas da vida com maior sucesso. Exemplos estão aí na biografia de muita gente. Mas a vida humana não se resume só em músculos, cérebro, hormônios, coração.
 
Existe a crença de que a vida é obra do acaso. Que tudo apareceu através de uma explosão cósmica que cabia na palma da mão, e que, em frações de segundos expandiu-se, surgindo tempo, matéria e o Universo com bilhões de galáxias, cada galáxia com bilhões de estrelas. E depois veio a evolução, a vida no planeta Terra e o próprio ser humano. Segundo a ciência, tudo isto um dia vai voltar para o que era antes, isto é, para o nada. Surge, então, uma pergunta que o cachorro nem o macaco fazem: Qual o sentido da minha vida neste infinito e finito Universo?
 
No livro Uma Vida com Propósitos, Rick Warren lembra que “se concentrarmo-nos em nós mesmos, jamais desvendará o propósito de nossa vida”. Confirma isto por aquilo que disse um famoso cientista ateu: “A menos que se admita a existência de Deus, a questão que se refere ao propósito para a vida não tem sentido”. Warren sugere que há propósitos de vida dirigidos por sentimentos de culpa, ou pelo rancor e pela raiva, pelo medo, pelo materialismo, ou pela necessidade de aprovação. Ressalva, no entanto, que fomos feitos por Deus e para Deus – e, enquanto não compreendermos isso, a vida jamais terá sentido.
 
A experiência no aconselhamento tem me mostrado que as pessoas sossegadas, felizes e tranquilas são aquelas que vivem o real sentido da sua existência. Aquelas que receberam ajuda pelo Livro dos livros, onde diz que Deus criou tudo o que se vê e o que não se vê, e que através de Cristo resolveu trazer de volta para si todo o Universo (Colossenses 1.20). Ter esta fé faz a diferença num mundo cada vez mais sem sentido.
 
Marcos Schmidt
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sem luz, pânico!
*Márlon Hüther Antunes

O imprevisível foi mais uma vez fato! O apagão no Nordeste trouxe o amargo e suado gosto do que é viver sem luz, sem energia elétrica. As já violentas noites tornaram-se num perigo imensurável a todo tipo violência, roubo e outros males. A simples falta de luz trouxe pânico, como vivenciado por aquelas pessoas que em busca de um atendimento médico, encontraram dificuldades. Estabelecimentos que funcionam 24 horas, por precaução fecharam as portas, a fim de evitar o pior. Um único problema atingiu milhões, fez da última quinta-feira, 03 de fevereiro, uma noite de trevas, prejuízos e sofrimento.
Das Sagradas Letras, que são Lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Salmo 119.105), aprendemos que na vida não é diferente. Nascemos em completo apagão e trevas, “Nasci em iniqüidade”, declara o salmista (Salmo 51.5). por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, afirma o Apóstolo Paulo (Romanos 5.12), referindo-se ao pecado. Este sim traz o verdadeiro pânico, as trevas que cegam e nos impedem de ver as maravilhas (Salmo 88.12), a maldade no coração das pessoas, que roubam a paz (Mateus 6.23).
Embora o mundo seja vítima de tantas trevas que escravizam e trazem lágrimas e prejuízos, existe o agente certo. Existe uma luz que resplandece (João 1.5), e nas palavras deste agente certo, há esperança: “eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12.46). Aqui temos a mesma derivação da luz de Cristo na figura da uma lâmpada, que não tem luz própria e necessita de um agente ativo, sem Cristo, de fato, não há verdadeiro brilho, nem luz!
“Ele nos chamou das trevas, para sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9). O que aconteceria conosco, se esta luz nos fosse tirada? Certamente muita confusão, pois não saberíamos para onde ir. Desespero, pois todas as esperanças acabariam. Pior, haveria muito medo, já que, caminhando no escuro, não se sabe para onde ir. Graças a Deus que não permite esse tipo de apagão em nossas vidas, seja eterno. Ele está sempre nos acompanhando para que nossas iniciativas jamais sejam “usinas que por um problema se desligam.” Seu amor por nós jamais pode ser desligado!
Entre trevas e luz, há a garantia que nos livra do pânico: “Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados. O seu Salvador os guiará, e a presença do Senhor os protegerá por todos os lados” (Isaías 58.8). Luz para todos, e melhor de graça!

* É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Renunciar

É difícil abrir mão do que temos. É complicado renunciar uma postura, uma posição, um hábito.
O presidente da Tunísia (Ben Ali) e o presidente do Egito (Hosni Mubarack) foram convidados a “renunciar” o cargo. Milhares de pessoas gritaram, se organizaram, clamaram pela renúncia.
No entanto, o orgulho também tem um grito potente. É histórica a dificuldade humana de abrir mão do poder. Todos nós: reis ou súditos, patrões ou empregados, pais ou filhos temos dificuldade de renunciar, de admitir erros.
Arrependimento é assunto central na Palavra de Deus. Arrependimento é admitir o erro, renunciar o pecado.
Jesus nos diz assim: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Marcos 8.34). Esse texto é desafiador! Ele nos convida a renunciar os nossos próprios interesses.
Na maior parte de nossas leituras o ato de render-se é interpretado como fraqueza, pois nos rendemos diante de algo mais forte. Porém, na Bíblia, a verdadeira força está no ato de render-se diante de Deus. Isso acontece quando nos esvaziamos de nós mesmos e nos enchemos com a graça, nos enchemos com o Espírito de Deus. Somente então somos capazes de perdoar, de renunciar mágoas, de recomeçar.
Deus nos diz: “A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando estás fraco” (2 Coríntios 12.9).
No poder de Deus encontramos a sabedoria para saber quando renunciar e quando não renunciar. Pois, nesse mundo cheio de alegrias passageiras, onde tudo envelhece, enferruja, apodrece, há também valores eternos dos quais não podemos abrir mão – entre eles está a nossa fé em Jesus. Ele nos elegeu ao cargo da vida eterna e nos diz: “Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10).
Parece que o bom senso e a sabedoria estão entre os milhares que pedem o afastamento dos líderes da Tunísia e do Egito. Mas o mesmo bom senso se une a voz sábia dos apóstolos e profetas solicitando que renunciemos nossos pecados, sem jamais renunciar ao Senhor Jesus e a sua obra; afinal, mesmo sendo difícil, ele renunciou a sua vida, mas não renunciou o caminho da cruz.
Pastor Ismar Pinz
Comunidade Cristo Redentor – Três Vendas – Pelotas, RS

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um dia a casa cai

O edifício de 30 andares que caiu em Belém do Pará é uma viva e decorrente parábola de Jesus (Mateus 7.24-27). Os construtores ouviram, mas não praticaram o que aprenderam na teoria. “Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles”, diz o Senhor,  “é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia”. Poderíamos também falar das cidades sem esgoto tratado e saneamento básico. Os prefeitos asfaltam, fazem calçadas, monumentos, praças floridas, e os moradores edificam casas bonitas. Mas, por debaixo corre uma sujeira fétida que contamina as águas. Um dia a casa cai, isto é, falta água limpa, os peixes morrem, os animais silvestres desaparecem, a fauna morre, e as pessoas adoecem. Os rios são as coronárias da terra e estamos entupindo-os com gordura. Por isto padecemos na UTI pagando o preço da falta de juízo.
 
Em muitos aspectos vivemos a hipocrisia dos fariseus condenada por Jesus. A religião deles era como “túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e de podridão” (Mateus 23.25).  Se na vida espiritual é preciso transformação dentro para fora, alicerce de baixo para cima, algo semelhante e lógico deveria acontecer neste mundo que se vê. Não adianta toda tecnologia se destruímos o coração do planeta. Estamos cavando a própria sepultura, e fatidicamente percebendo que o buraco está quase pronto.
 
Creio que o nosso mundo físico caindo é uma moderna e trágica parábola que nos faz repensar no fundamental, no miolo da vida. “Gememos enquanto vivemos nesta casa de agora” (2 Coríntios 5.2), escreve o apóstolo. Gememos porque o nosso corpo, o meio ambiente, o Universo, têm um tempo de validade que de maneira estúpida está sendo apressado. A fé cristã – que professa um Deus Criador, Redentor e Restaurador de tudo – faz vislumbrar o futuro com esperança quando o “mortal vai desaparecer” (5.4). Mas, enquanto isto é preciso um mínimo de inteligência para que as sinistras parábolas fiquem apenas nas parábolas.
 
Marcos Schmidt
pastor luterano   
fone 8162-1824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

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