sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pais que crêem são filhos de Deus.



12º Domingo após Pentecostes 
Leituras: Hb 11.1-16; Lucas 12.22-40

Muitos são os tipos dos pais. O meu pai é diferente do seu, o seu pai é diferente do seu sogro. Seu avô foi um pai diferente, com certeza você será outro tipo de pai. Existem pais mais modernos, outros nem tanto. Aquele pai mais rígido e também aquele que é mais maleável. Alguns conversam bastante, outros são mais caladões. Há aquele que é meio rabugento e outro que é um paizão! Qual o perfil do seu pai? 

Levando em consideração as muitas diferenças existentes nas pessoas e, consequentemente, nos muitos tipos de pai. Vamos meditar no tema: Pais que crêem são filhos de Deus. 

Na Bíblia também encontramos vários exemplos de pais: Adão, o pai que viu o resultado do seu pecado diretamente em seu Filho, que matou o irmão; Isaque, pai de gêmeos; Labão, o pai que, para despachar a filha encalhada, enganou seu genro Jacó. Hoje lembramos nas Leituras bíblicas também de Abraão, Pai em avançada idade, mas especialmente reconhecido por sua tamanha fé, que fez Deus o constituir  como Pai de muitas nações. 

Vejamos como foi à vida deste pai.                             
Abraão era homem muito rico em gado, prata e ouro. Mas vivia em barracas. Porque não usou estes bens para satisfazer seus desejos pessoais em sua vida? Poderia ele ter pensado em comprar uma terra, levantar ai sua residência. Montar uma fazenda com seus muitos animais. Mas não, não era esse terreno que lhe interessava. 

Morreu na fé, confessando que era estrangeiro e peregrino neste mundo. Porque, pela fé, ele esperava a cidade de Deus, terra prometida. Anelava pátria melhor. Por isso Deus não se envergonhava de ser chamado Deus dele, conforme dito no livro de Hebreus. Não que suas posses terrenas não servissem de nada, claro que sim. O que fazia Abraão com seus bens? Em Gn 14.13-16 nos é dito qu Abraão usou seus bens para salvar Ló, seu sobrinho. Em Gn 14.20 também está escrito que usou seus bens para agradecer a Deus ofertando. Ou seja, Abraão usava aquilo que o Senhor havia lhe dado em amor a Deus e ao próximo. Seu coração estava com Deus e a favor do Próximo. Lembramos como ele não hesitou nem mesmo em dar seu próprio Filho de volta a Deus, quando pedido. 

Esse é um Pai que crê! Essa fé o torna Filho de Deus. 

A nós pais, seja como formos, podemos também ser "Pais Filhos" de Deus pela fé", quando sabemos que o mais importante é buscar em primeiro lugar a Deus e sua Justiça (Mt 6.33). É essa herança que temos deixado a nossos filhos?  

Muitas vezes temos nos dedicado tanto as coisas terrenas (trabalho, dinheiro, status, etc...) e não damos duro para encher nossa casa com fé! Desdenhamos até. Esquecendo do que lemos semana passada em Ec 2: "Tudo é Ilusão". E aí? Na hora da morte, do que valerá ter enchido nossos bolsos e corações com tudo isso que é material? 

No Evangelho de hoje, Jesus vê os discípulos preocupados com a vida terrena. O que comer, o que vestir. Então lhes ensina como o Senhor cuida, dando exemplos claros e simples, que qualquer um entende: Flores e pássaros. Diz para os discípulos buscarem em primeiro lugar a Deus, pois onde está o seu tesouro estará o seu coração. E que assim se preparem, pois não tardará em voltar para julgar os vivos e mortos. Felizes os que estiverem preparados.
  
Os bens materiais podem impedir a visão do tesouro celestial. Fazendo que não estejamos preparados para a vinda do senhor. Não coloquemos as coisas terrenas na frente de nossos olhos e nos olhos de nossos filhos. Dediquemo-nos aos nossos filhos com a nossa fé. Mostrando que além de Pais, somos Filhos de Deus. E Assim, caminharemos, pais de todos os tipos, filhos de todas espécies, juntos para o Pai Celeste. Amém. 
Rev. Igor Marcelo Schreiber 
Uruguaiana, 09.08.2013 

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