Um cientista britânico afirmou nesta semana que o ser humano poderá viver até os mil anos. Para ele, a medicina terá todas as condições para curar o envelhecimento e prolongar a vida por tempo indefinido. Quem viver verá. Sinceramente, não acredito. Não na capacidade humana, que é espantosa, mas na permissão divina, que é irredutível. O limite para a longevidade tem obedecido a ordem de Gênesis 6.3: “De agora em diante eles não viverão mais do que 120 anos”. Segundo o relato bíblico, antes do Dilúvio o ser humano até vivia o tempo que este cientista sugere. O mais idoso foi Matusalém, com 969 anos. Puro mito para os racionalistas. Mas, se levarmos em conta as teorias científicas sobre o surgimento da vida – que tudo veio do nada – nenhum absurdo a interpretação literal de Gênesis, de que Deus fez tudo do nada, e permitiu tal longevidade. São dois pontos de vista, um baseado em Darwin, outro na Bíblia. E os dois requerem fé.
Por isto, “de onde eu vim e para onde eu vou” nem a ciência, nem a religião têm respostas conclusivas. As duas precisam dizer “eu creio”. E, por enquanto, um a zero para a Bíblia no quesito “longevidade”. Agora, pensando bem, o que adianta viver 120 ou mil anos sofrendo? Haverá lugar para tanta gente? Comida, moradia, remédios, asilos? O INSS vai aguentar? Já disse o salmista que “só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições” (Salmo 90).
Em todo o caso, o cientista britânico tem razão, que o envelhecimento é o acúmulo de vários danos nas moléculas e células, e a cura está na descoberta para retardar este processo. Mas, seria simples se o ser humano fosse apenas matéria. A Bíblia lembra que “o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus” (Romanos 6.23). Ainda o melhor remédio, com ou sem longevidade. Por isto a recomendação: “Hoje é o dia de ser salvo” (Romanos 6.2).
Marcos Schmidt
pastor luterano